Jonathan tem 10 anos, cursa o 5º ano do ensino fundamental e tem deficiência física
novembro 13, 2025Considerando isso posto, retornemos ao caso já conhecido por você:
Jonathan tem 10 anos, cursa o 5º ano do ensino fundamental e tem deficiência física. Sua mobilidade é parcialmente comprometida em decorrência de uma má formação congênita nas pernas, o que o leva utilizar muletas para poder se locomover de forma autônoma. Durante o intervalo escolar, os meninos de sua turma estão jogando bola enquanto ele assiste na lateral do campo. Há uma discussão entre os times e a bola rola para perto dele, que imediatamente a segura. Um dos meninos sai da situação de conflito e toma a bola sem ao menos dialogar com ele. Sua reação é explosiva. Começa a gritar com o menino avançar sobre ele com a muleta. O menino ri dele e diz: “corre pra me pegar, então!” A reação de Jonathan é de extrema frustração. Começa a gritar e chorar de forma profusa. Os meninos que participavam como testemunham dessa interação tem diferentes reações. Uns se revoltam com a postura do menino que pega a bola, outros riem e satirizam dizendo para Jonathan correr e se vingar.
Imagine que você faz parte da equipe de educadores dessa escola e após presenciar essa cena decidiu propor a equipe pedagógica, um projeto de intervenção direcionada, pois se trata de um evento envolvendo um grupo específico de alunos, fundamentada na perspectiva de uma educação afetiva. Isso porque você identificou que as crianças não tiveram empatia ao não incluir Jonathan na brincadeira, bem como a dificuldade de identificar as emoções vividas naquele momento e a expressão de comportamentos de risco (bullying).
