Projeto Integrador de Competências em Engenharia de Produção VI

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Descrição

Introdução
Este projeto integrador de competências envolverá temas estudados até o momento no seu curso
de Engenharia de Produção. Os temas são: estratégia de operações, análise de processos, gestão da
qualidade e gestão da manutenção.

As definições estratégicas direcionam decisões em diferentes áreas de operações, como qualidade,
PCP, projetos e logística. Por exemplo, por meio da estratégia de operações é possível definir qual o
público-alvo a empresa quer focar. Suponha que um restaurante deseja atender este público-alvo:
jovens universitários. Para atendê-los, o restaurante poderá se concentrar em oferecer comida
barata e fácil de comer. Nesse sentido, a estratégia desse restaurante deverá focar custo. Essa
decisão impactará outras, como escolha de matérias-primas, localização, tipos de comida e nível de
serviço a ser oferecido.

Outro tema que será abordado neste projeto de competências é a gestão da qualidade. A gestão da
qualidade pode ter diferentes objetivos, a depender da estratégia de operações da empresa. No
exemplo do restaurante, a qualidade do serviço oferecido poderá ter metas diferentes do que teria
caso fosse um restaurante dedicado a servir comida à classe alta. A meta de um restaurante para
universitários é cumprir o horário do almoço (pois os estudantes têm horário para entrar nas aulas) e
servir comida de qualidade razoável por preço acessível. Já um restaurante para a classe alta deve
se preocupar em oferecer um serviço em horários variados, em um ambiente sofisticado, com
comida selecionada e, possivelmente, serviços associados, como o de sommelier.

Assim, estudar sistemas de gestão da qualidade, ferramentas e métodos da qualidade para planejar e
controlar a qualidade adequada ao tipo de empresa é importante para a manutenção da empresa no
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mercado competitivo. Além disso, podemos ver que a estratégia de operações influencia a estratégia
de gestão da qualidade, por isso é importante entender os dois temas de modo transversal.

A seguir, será feita uma revisão desses temas.

Estratégia de Operações e Prioridades Competitivas
A estratégia competitiva envolve decisões sobre o posicionamento de uma organização em relação
ao mercado competitivo. Normalmente, decisões estratégicas são de longo prazo, tomadas em nível
gerencial com a equipe responsável pelo desenvolvimento da missão, visão, definição de valores,
pesquisa de mercado e análise de concorrência. A pesquisa de mercado e de concorrência pode
fazer a empresa mudar de estratégia ao longo tempo, para se manter competitiva no mercado.

O planejamento estratégico busca maximizar os resultados das operações e minimizar os riscos das
decisões da empresa. Os impactos das decisões são de longo prazo e afetam a natureza e as
características da empresa no sentido de garantir o atendimento da missão. Para efetuar um
planejamento estratégico, a empresa deve entender os limites de suas forças e habilidades no
relacionamento com o meio ambiente, de maneira a criar vantagens competitivas em relação à
concorrência, aproveitando-se de todas as situações que trouxerem ganhos para ela. Em outras
palavras, planejar estrategicamente consiste em gerar condições para tomar decisões rapidamente
perante oportunidades e ameaças, otimizando as vantagens competitivas em relação ao ambiente
concorrencial, garantindo sua perpetuação no tempo (TUBINO, 2017).

O resultado da estratégia competitiva direciona decisões em vários setores de uma empresa, como o
financeiro e o de marketing, recursos humanos e operações. Assim, a estratégia de operações está
associada à estratégia competitiva, porém se refere à área de operações. Ou seja, essa estratégia
deve estar alinhada à estratégia competitiva, mas direcionada ao nível operacional, abrangendo
decisões sobre processos, cadeia de suprimentos, gestão de estoques, planejamento e controle da
produção, projeto do produto e etc.

Segundo Corrêa e Corrêa (2019), a gestão de operações trata das decisões. Já a estratégia de
operações trata, na verdade, do estabelecimento e da manutenção de um padrão global das
decisões, visando aumentar a competitividade sustentada, por meio da organização dos recursos, e

criar e manter competências, para que possam prover um composto adequado de características de
desempenho ao longo do tempo.

Uma maneira de planejar a estratégia de operações é a análise de prioridades competitivas, também
conhecidas como desempenho operacional. As prioridades competitivas ou desempenho
operacional nos ajudam a definir qual(is) prioridade(s) deverá(ão) ser o principal diferencial
competitivo das operações e qual(is) deverá(ão) ter menor relevância. As prioridades competitivas
são:

Custo: esta prioridade competitiva direciona as operações para serem mais eficientes e
produtivas com baixos custos;

Qualidade: as operações podem ter qualidade consistente ou qualidade superior: no
mínimo, uma organização terá o objetivo de entregar um produto/serviço com
qualidade consistente; contudo, um diferencial competitivo baseado em qualidade leva
as operações a tomarem decisões sobre recursos e gestão de processos que levem a
empresa a ter uma qualidade superior;

Confiabilidade de entrega: esta prioridade competitiva direciona a empresa a melhorar
os recursos para garantir o cumprimento dos prazos de entrega dos produtos/serviços
em boas condições e de forma consistente;

Flexibilidade: esta prioridade competitiva direciona a organização a ser capaz de
produzir com variedade. A variedade poderá ser de:

Produtos/serviços;
Mix de produtos/serviços;
Quantidade de produtos/serviços.

Velocidade de entrega: esta prioridade competitiva direciona a organização a investir
em recursos que agilizem o processo de entrega, englobando redução de leadtimes de
processo, por meio de melhorias nos processos de produção, e de leadtimes de
entregas, por meio de melhorias na gestão de logística e cadeia de suprimentos;

É possível que uma organização, em sua definição estratégica, escolha algumas prioridades
competitivas como o foco de suas operações e renuncie a outras prioridades. Isso acontece porque é
complexo e estrategicamente inviável possuir, ao mesmo tempo, todas as características de todas as
prioridades competitivas. Dá-se a isso o nome de trade off.

Por exemplo, uma organização escolhe produzir com menores custos, isto é, escolhe a prioridade
competitiva “custo”, e, para tanto, decide reduzir a variedade de produtos, pois assim simplificará a
operação, já que usará os mesmos recursos para os produtos e, consequentemente, diminuirá os
recursos necessários. Nesse caso, o trade off consiste em priorizar o custo em detrimento da
flexibilidade.

Normalmente, essas escolhas se baseiam no que o público-alvo considera relevante, informação
que se obtém por meio de pesquisas de mercado e pesquisas de satisfação de clientes. As decisões
sobre as prioridades competitivas ajudam as empresas a focarem o que é importante, mesmo que
para isso seja necessário renunciar a aspectos das operações.

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